Tuesday, July 29, 2008

Tailândia:

- da maior festa, full moon party! Milhares de backpackers de todas as nacionalidades a curtir na praia. Já ninguém sabe muito bem o porquê da celebração, mas tambem não é importante, lua cheia é festa;
- do senhor mais simpático. Da primeira vez que nos cruzamos com ele foi para pedir informações, mas comentamos logo o prestável que era. Quando voltamos a passar reparamos que era um artista a fazer panquecas. Depois da óptima panqueca sentou-se connosco e mesmo falando pouquíssimo inglês ofereceu-nos "recuerdos", explicou-nos (com dicionário) que tinha estado no exército, que a mãe era paquistanesa e o pai Thai. Mas o melhor foi que parecia não conseguir parar de sorrir (dizem que a Tailândia é o país dos sorrisos);
- dos monumentos naturais: Phang Nga Bay e Ko Phi Phi, celebrizados pelo James Bond (the man with the golden gun) e the beach;
- do mergulho com tubarões no mar mais límpido;
- onde convivemos com o rasto do tsunami. Na altura pareceu tão longínquo, agora muito perto, nas placas de evacuação e nas reconstruções que continuam, 3 anos depois;
- onde depois de muitos ingleses, americanos, australianos, alguns brasileiros, etc, encontrámos uma portuguesa;
- talvez por ter sido o único país deste sudeste asiático que não foi colonizado por europeus, o inglês dos tailandeses é o pior. Eles estão mesmo convencidos que estão a dizer coisas que nós nunca chegamos a descobrir;
- o primeiro país predominantemente budista. Há monges pela rua e as pessoas agradecem com as mãos juntas, um sorriso e uma vénia;
- o país da cidade que é um mercado gigante num engarrafamento eterno;
- onde andamos de avião, autocarro, comboio, táxi, barco, bicicleta, mota, tuk-tuk (motas com atrelado para passageiro), săamláw (bicicletas com atrelado para passageiro) e săwngthăew (carrinhas onde convive tudo o que se possa imaginar, desde pessoas a vacas);
- onde um polícia parou um carro e fez com que nos desse boleia, e a uns amigos ingleses, até à cidade mais próxima;
-onde as pessoas falam connosco em tailandês e respondemos em português...Ninguém percebe nada e todos sorrimos.


Friday, July 25, 2008

Cores do mar



Nas Filipinas acabamos por não ter o descanso que queríamos. Acho que é o maior problema deste tipo de viagem, decidir a quantidade de tempo a "gastar" em cada sítio. Várias vezes aconteceu sentir pena por não podermos aproveitar melhor um lugar, mas é sempre triste cortar o desconhecido por falta de tempo. Nas Filipinas acabamos por viajar um bocado, explorar país, poucas vezes foi um período de relax tropical.
Esse chegou um pouco depois, nas Perhentian, um arquipélago no nordeste da Malásia, onde estivemos quase uma semana só a curtir sol e praia. Ah! E o mar, claro :) !



Em alguns sítios era transparente, a deixar ver o branco da areia, noutros era verde sumol, como nunca tinha visto. A areia era perfeita, nem demasiado fina, a parecer pó e colar-se ao corpo, nem demasiado grossa, a magoar os pés.


O ambiente era cheio de lonely-planeteers. Todos diferentes e todos iguais. Pessoas com várias idades, mas sobretudo sub-35 que, como nós, usam o lonely planet como bíblia do sudeste asiático. Quase todos a vir de algum sitio e a ir para outro, só numa pausa para chill-out e praia. Dias de paraíso, a culminar com o melhor snorkeling sobre jardins de corais e ao lado de tartarugas.

Saturday, July 19, 2008

Casa do Tom Sawyer, mas no mar

Já passou algum tempo, como tive preguiça de escrever e agora não dá para tudo, conto só o melhor das Filipinas.
Acho que em primeiro lugar ficou a ilha, não deserta mas quase, Siquijor.
Foi uma pena termos ido na época das monções, mas, como andamos em zonas tropicais, há países que estão na época seca como a Indonésia e a Malásia e outros que estão na época das chuvas, o que nalguns significa ciclones tropicais. Na semana antes de irmos para as Filipinas um destes ciclones, e a falta de cuidado da transportadora, fez com que um ferry com mais de 700 pessoas se afundasse numa das rotas que tínhamos ponderado fazer. Claro que isso trouxe um pouco mais de emoção às tempestades que apanhámos, mas, no geral, acabamos por ter bastante sorte, apesar do tempo estar quase sempre nublado e de umas molhas ocasionais, não houve problemas.
Continuando com a ilha, acho que talvez o mais interessante de "ouvir" seja a casa na árvore . Lembro-me de brincarmos numa, em Vermoim, acho que tinha sido o Gonçalo ou o Carlitos a pregar meia dúzia de tábuas numa daquelas macieiras lá do fundo, perto dos campos, e nós chamávamos-lhe casa da árvore.

Aqui era um conceito diferente (a nossa era a mais baixa).

Um condomínio de casas da árvore (com telhados e paredes desta vez), sobre o mar, ligadas entre si por pontes e que convergiam para uma grande casa. O que havia na casa grande? Karaoke.
Os filipinos são doidos por karaoke. Ainda tivemos o privilégio de ver uns locais sexagenários, já com algumas cervejas de avanço a mostrarem os seus dotes (?) vocais.
Claro que também participamos levemente (lembram-se das noites twist and shout do pixote? ;)).
Mas o melhor foi o amanhecer, a altura das fotografias.


Outro momento alto, já em Manila, foi podermos ouvir histórias de um veterano de guerra que tinha combatido os rebeldes muçulmanos (que tentam a independência no sul do pais, o 4º maior grupo terrorista do mundo), que nos explicou a importância e vida do maior herói filipino, o poeta e médico José Rizal, o idealista por trás do fim da colonização espanhola.
De resto, das Filipinas, ficam a simpatia das pessoas e os paradoxos dum pais que detesta ter sido colonizado mas adora a religião que lhe foi imposta pelo colonizador. Apesar de terem lutado pela independência do invasor seguinte, os Estados-Unidos, continuam americanos na música, nas multinacionais, nos livros e nos filmes. Um país com alguns restos de oriente e muito de ocidente.

Friday, July 4, 2008

As Filipinas





Depois da confusão da Indonésia, da correria da Malásia e do luxo de Singapura, achamos que era altura para descansar nas Filipinas. Praia, mergulho, snorkeling, noite...A cultura tem que esperar um pouco.




Aqui a única visita com propósito histórico foi à ilha onde mataram o Fernão Magalhães. Apesar deste ser, provavelmente, o navegador português mais conhecido no mundo, aí na terra não o estudamos com muito relevo. Acho que até se percebe, de certeza que os brasileiros também não idolatram o Deco. A verdade é que, seja pelo que for, o homem vendeu-se aos espanhóis. Esses deixaram cá um monumento a celebrá-lo, ou a celebrar o seu Hernando de Maggallanes. Os filipinos ressabiados construíram, mesmo à frente do monumento deixado por nuestros hermanos, uma estátua do índio que o matou, Lapu - Lapu. A ilustrar a manifestação anti-colonialista escreveram por baixo alguma coisa parecida com "O primeiro filipino a expulsar o invasor europeu". Outra homenagem que lhe fizeram foi chamar Lapu-Lapu a um dos melhores peixes que comi neste sudeste asiático.



Aos que protestaram pela proeminência da minha voz no video da "Casa Portuguesa", têm que pensar que o importante foi a alegria que o senhor sentiu por ver que a música que ele sabia era (mais ao menos ) conhecida por nós :p

Singapura



A cidade-estado em que o rigor britânico é aplicado ao viver para o trabalho dos chineses. Junta-se a posição que lhe permite ser um centro estratégico de comércio e percebe-se de onde vem a prosperidade de Singapura. Organizada e luxuosa, cidade do novo milénio.