Saturday, July 19, 2008

Casa do Tom Sawyer, mas no mar

Já passou algum tempo, como tive preguiça de escrever e agora não dá para tudo, conto só o melhor das Filipinas.
Acho que em primeiro lugar ficou a ilha, não deserta mas quase, Siquijor.
Foi uma pena termos ido na época das monções, mas, como andamos em zonas tropicais, há países que estão na época seca como a Indonésia e a Malásia e outros que estão na época das chuvas, o que nalguns significa ciclones tropicais. Na semana antes de irmos para as Filipinas um destes ciclones, e a falta de cuidado da transportadora, fez com que um ferry com mais de 700 pessoas se afundasse numa das rotas que tínhamos ponderado fazer. Claro que isso trouxe um pouco mais de emoção às tempestades que apanhámos, mas, no geral, acabamos por ter bastante sorte, apesar do tempo estar quase sempre nublado e de umas molhas ocasionais, não houve problemas.
Continuando com a ilha, acho que talvez o mais interessante de "ouvir" seja a casa na árvore . Lembro-me de brincarmos numa, em Vermoim, acho que tinha sido o Gonçalo ou o Carlitos a pregar meia dúzia de tábuas numa daquelas macieiras lá do fundo, perto dos campos, e nós chamávamos-lhe casa da árvore.

Aqui era um conceito diferente (a nossa era a mais baixa).

Um condomínio de casas da árvore (com telhados e paredes desta vez), sobre o mar, ligadas entre si por pontes e que convergiam para uma grande casa. O que havia na casa grande? Karaoke.
Os filipinos são doidos por karaoke. Ainda tivemos o privilégio de ver uns locais sexagenários, já com algumas cervejas de avanço a mostrarem os seus dotes (?) vocais.
Claro que também participamos levemente (lembram-se das noites twist and shout do pixote? ;)).
Mas o melhor foi o amanhecer, a altura das fotografias.


Outro momento alto, já em Manila, foi podermos ouvir histórias de um veterano de guerra que tinha combatido os rebeldes muçulmanos (que tentam a independência no sul do pais, o 4º maior grupo terrorista do mundo), que nos explicou a importância e vida do maior herói filipino, o poeta e médico José Rizal, o idealista por trás do fim da colonização espanhola.
De resto, das Filipinas, ficam a simpatia das pessoas e os paradoxos dum pais que detesta ter sido colonizado mas adora a religião que lhe foi imposta pelo colonizador. Apesar de terem lutado pela independência do invasor seguinte, os Estados-Unidos, continuam americanos na música, nas multinacionais, nos livros e nos filmes. Um país com alguns restos de oriente e muito de ocidente.

1 comment:

Anonymous said...

Viva

Estas casas na árvore são fascinantes e explicam o mito que muitos temos das casas suspensas ou à beira-mar plantadas!
Um abraço p vocês,

g.(os G são tramados:)